Empresário foi morto após tentar terminar relacionamento e reduzir valor de 'auxílio mensal', diz polícia
16/07/2025
(Foto: Reprodução) Local onde corpo foi localizado em Araguaína
Divulgação/Bombeiros
Uma mulher de 45 anos foi presa suspeita de matar o empresário José Paulo Couto de 75 anos, em Araguaína, região norte do Tocantins. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado após a vítima terminar uma relação amorosa com a suspeita e reduzir o "auxílio mensal" que supostamente era pago para ela. O laudo apontou que o empresário morreu de asfixia causada por estrangulamento.
A suspeita foi presa no sábado (12), mas as informações só foram divulgadas nesta quarta-feira (16) durante coletiva de imprensa com o delegado Adriano Carvalho e o secretário da Secretaria de Segurança Pública, Bruno Azevedo.
O nome da mulher não foi informado, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa.
O corpo de José Paulo foi encontrado no dia 10 de julho, embaixo de uma ponte na Avenida Frimar, após uma denúncia anônima. O corpo dele estava amarrado e enrolado em panos. No dia, a polícia também localizou o carro da vítima, que foi abandonado em um terreno baldio.
Assassinato após fim de relacionamento
As investigações apontaram que a mulher tinha um relacionamento com o empresário, mas ele queria terminar e reduzir o valor de um auxílio que era pago à suspeita. Segundo a polícia, ela não concordou com a decisão da vítima e os dois iniciaram uma discussão sobre o valor do auxílio.
"O senhor José Paulo conheceu uma mulher e manteve um relacionamento extraconjugal. Eles tiveram um desentendimento. Eles tiveram uma discussão e depois uma luta. Ela conseguiu contê-lo e amarrá-lo. Ele acabou sendo estrangulado e, na sequência, foram feitos golpes com o uso de uma faca", disse o delegado na coletiva.
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João Guilherme Lobasz/Dicom SSP-TO
A polícia também constatou indícios de tortura como fratura no punho esquerdo e cortes no pescoço do empresário. A prisão temporária foi expedida pela 1ª Vara Criminal de Araguaína com prazo de 30 dias. O aparelho celular dela também foi apreendido.
Durante o depoimento, a suspeita declarou que se desfez das joias e do celular da vítima, além de ter chamado a irmã para ajudá-la a ocultar o corpo.
Conforme a Polícia Civil, a irmã é uma mulher de 43 anos, que também é investigada por ter ajudado na ocultação do cadáver.
As investigações também apontaram que a suspeita pediu que uma terceira pessoa retirasse o carro do empresário da casa dela e levasse até o terreno baldio. Segundo a polícia, ela teria dito à pessoa que tinha adquirido o veículo, mas não sabia dirigir e por isso precisava de ajuda.
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O corpo de José foi encontrado enrolado em panos às margens de um rio na tarde do dia 10 de julho de 2025. O empresário desapareceu no dia 9 de julho, quando a família dele registrou o boletim de ocorrência.
A polícia recebeu uma denúncia anônima informando que havia um cadáver na ponte que passa pela avenida Frimar, que liga o bairro JK à rodovia TO-222. Uma equipe dos Bombeiros foi chamada para retirar o corpo com uso de cordas.
No mesmo dia em que o corpo foi localizado, a PM recebeu informações de que um carro havia sido abandonado em um terreno baldio e que ele pertencia a José Paulo. A placa do veículo estava adulterada com fitas isolantes. Ele foi entregue à 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Araguaína) para passar por perícia.
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