Suspeito de mandar matar amante da esposa hospedava vítima com frequência em MT, diz polícia
17/07/2025
(Foto: Reprodução) Médica entrou em centro cirúrgico para apagar imagens de celular de amante
Ivan Michel Bonotto, morto a mando do marido da amante em Sorriso (MT), morava em Tapurah, cidade vizinha, e se hospedava com frequência na residência do casal. Segundo o delegado Bruno França, ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a médica Sabrina Iara de Mello, e teve a morte encomendada pelo marido dela, o empresário Gabriel Tacca.
Nesta terça-feira (15), Gabriel e o executor do crime, Danilo Guimarães, foram presos em uma operação da Polícia Civil. Já a médica é investigada por fraude processual, pois teria invadido o celular de Ivan, enquanto ele estava no hospital, para apagar provas do crime e do relacionamento.
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A polícia descobriu que Ivan, Gabriel e Sabrina mantinham um vínculo estreito, com diversos registros de momentos juntos. Neste ano, Ivan postou foto com o casal, em Sorriso, citando a amizade entre eles.
Segundo a polícia, o empresário descobriu a traição recentemente e contratou Danilo para matar a vítima.
Investigação
Médica ginecologista Sabrina Iara de Mello e o empresário Gabriel Tacca
Redes sociais/reprodução
Inicialmente, o crime foi tratado como "situação decorrente de uma briga em um bar”. No entanto, com o avanço das investigações, os policiais descobriram que os envolvidos no caso se desentenderam por causa de relacionamentos amorosos.
Na época, Gabriel alegou à polícia que não conhecia a vítima e que o homicídio ocorreu após uma briga relacionada ao consumo de bebidas alcoólicas no bar dele. O autor das facadas também apresentou uma versão semelhante: se envolveu na confusão durante uma briga e agiu em legítima defesa.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil constatou que as versões dos dois envolvidos eram falsas. A apuração revelou que a vítima era amigo íntimo do dono da distribuidora onde ocorreu o crime e mantinha um relacionamento amoroso com a esposa dele, a médica Sabrina.
Segundo a polícia, ao descobrir o caso extraconjugal, o empresário contratou Danilo para matar a vítima, simulando uma briga na distribuidora. Porém, imagens de câmeras de segurança mostraram que a vítima foi atraída ao local e atacada de surpresa, pelas costas.
Exclusão de provas
Quatro minutos após a entrada da vítima no hospital, a médica compareceu à unidade de saúde alegando ser apenas amiga do paciente. Segundo a polícia, a intenção era acessar o celular da vítima e apagar provas do envolvimento do casal no crime.
Durante o período em que esteve com o aparelho, a médica teria deletado mensagens, fotos e até um vídeo gravado pela própria vítima no momento do ataque. O celular só foi entregue à família três dias depois, já com os arquivos apagados. Ela alegou que apagou os dados para “proteger a vítima”.
Sabrina no centro cirúrgico
Reprodução