Onda de ataques a ônibus em São Paulo assusta motoristas, cobradores e passageiros

  • 09/07/2025
Para se proteger, muitos passageiros estão revendo velhos hábitos. Mesmo cansados, querendo aquele assento vazio, têm evitado ficar perto das janelas. Onda de ataques a ônibus assusta motoristas, cobradores e passageiros A onda de ataques a ônibus em São Paulo assusta motorista, cobradores e passageiros. Alguns já adotaram medidas com medo de se machucar. A pedra arremessada destruiu o vidro que protegia o letreiro de um ônibus. O ataque foi na noite de terça-feira (8), quando o motorista Bruno Alves da Silva e um cobrador voltavam com o veículo para a garagem da empresa, na Zona Leste de São Paulo. "Olhei para cima, vi que estava caindo um monte de vidro e fui parando já com medo, porque sabia que podia ser um ataque. Uma pedra tacando direto em nós. Podia explodir esse vidro aqui e vir com tudo no rosto”, conta Bruno. A diarista Alessandra Clemente da Silva também viu de perto um desses ataques. Na semana passada, o ônibus em que ela estava foi apedrejado em Taboão da Serra: "Eu estava sentada do lado do vidro, coloquei o fone, coloquei uma pregação para ouvir e encostei. Escutei um barulho bem forte, aí o pessoal falava que era tiro, outros falaram que era pedra e eu me assustei. Machucou meu dedo porque, na hora do susto, eu passei a mão no cabelo e eu estava cheia de vidro”. Para se proteger, muitos passageiros estão revendo velhos hábitos. Mesmo cansados, querendo aquele assento vazio, têm evitado ficar perto das janelas. "Estou ficando do lado de cá, estou pensando até sobre sentar. Melhor ficar na altura dos olhos, vendo e tal”, conta o cozinheiro Diego Martins de Landa. "Quando você chegava no ônibus, a janela estava mais ocupada. E agora, as janelas estão mais vazias, a janela dos ônibus. É perigoso. São pedras enormes e que vêm do nada, e você nem sabe de onde está vindo”, diz a estudante Lívia Vitória Borges Alves. "Eu acho um absurdo, porque a gente depende do transporte para ir trabalhar, para voltar do trabalho, e ainda tem que se preocupar com vândalos que fazem uma coisa dessas”, lamenta a babá Karina Queiroz. De terça-feira (8) para quarta-feira (9), a Prefeitura de São Paulo registrou oito novos ataques. Agora são 338 ônibus depredados desde junho só na capital paulista. Outros 241 foram alvo na Grande São Paulo e na Baixada Santista. Desde junho, todas as 24 empresas de ônibus que operam na cidade de São Paulo registraram atos de vandalismo. Mas um levantamento feito pela polícia indica que mais de 30% dos ataques se concentraram em apenas quatro empresas. A polícia acredita que essa pista possa ajudar a esclarecer a motivação dos ataques. É o que espera o motorista Bruno Alves da Silva, que teme pela segurança dele e dos passageiros: "Imagina, você está vindo na sua última viagem, trabalhando sossegado, de repente, tacam uma pedra no para-brisa, estoura, você acaba perdendo o controle do ônibus, como vai ficar todo mundo? Tem muitas vidas em jogo. Não é somente um bem material de um ônibus que eles estão atacando. É preocupante com a vida dos passageiros, com as nossas vidas. Todo mundo sai de casa para trabalhar e quer voltar são e salvo". LEIA TAMBÉM Investigação da polícia tenta descobrir o que está por trás da série de atentados contra ônibus em São Paulo Cidade de SP tem maior número de ataques a ônibus em um único dia, com 59 veículos atingidos, diz SPTrans

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/07/09/onda-de-ataques-a-onibus-em-sao-paulo-assusta-motorista-cobradores-e-passageiros.ghtml


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